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terça-feira, 27 de agosto de 2013

Tristeza no samba

Tou triste com este samba
Dança. pega no copo e fala
Não me interessa a tua cara
Só quero sentir o coro da tua voz
O xingar do teu modo
Na minha inquietação sem fim

Quero que me abraces
Na corda-bamba do teu ritmo
Juro que não quero ver a tua cara
Simplesmente, me abraça
Como a traça no tapete do salão
Do burguês da cidade
Sinta o quão profundo é o meu sofrimento
A dor de tanto perder
Nesta vida cruel
O amor era tudo
Era o preludio do teu som
Mas acabou

Samba me abraça
Não faças graça na praça pública
Não faças desdém de mim
Como sombras de mim dançando
Que bom sentir a tua pele sonora
Que beleza ver a sombra do samba

De repente, o Samba sumiu
Com ele levou a sombra de mim
O meu outro apaixonado de mim
O orquestra do Jorge Bem Jor
O voz violino do Gil
O jeito de marinheiro ritmado do Martinho
Todos àqueles que criam vento do verve

O suspiro no tempo
Àqueles que escrevem palavras d'alma
Àqueles que criam e devotam
Que pintam memorias na música

Mas a minha sombra fugiu
Aqui no salão
Diluiu no copo já vazio
Resta a solidão de ter perdido o samba
Num pranto sem fim
Quero a minha sombra, o samba

  

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