Cabo Verde de celebração
De espaços polinizados
No corre, corre no vendaval da bandeira
Em mãos calosas no frenesim do momento
Que bate no portão para gritar gloria
Cabo Verde segue na vereda do tempo
De bandeiras em punhos
Com vivas do povão
De hino cantarolados
De gritos à liberdade
Braços levantados
Na avenida da liberdade
Cabo Verde, não te esqueças:
Da Independência forjado na luta,
Dos solfejos oceânicos da sua gente
Cuja partida «ora di bai ta dexa saudade»
Do dilema sem fim
É sempre bom relembrar:
Os corpos mecânicos desterrados com grilhetas
De apupos moucos que trevas celebram a morte
De viagens transoceânicas na formatura de um mundo
novo
No Brasil, Estados Unidos cujas terras gramadas de
sangue
Inquieta o escriba sem alma
Cabo Verde resgata, recolhe e celebra
As memórias monumentais dos feitos
Corre, corre…
Velozmente na várzea
No dia da Independência
Do enchente da Liberdade
No largo de Achada de Santo António
Corre, corre…
Voa e sopra o tempo papão
Canta irmão
E viva a Liberdade
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