A saudade é um lugar longe
Tão longe que até inquieta
Pára quieta e recolhe as lagrimas
Pára de vagar no leito do mundo
A saudade para além de um lugar,
É vagabunda que deambula
Corre no mar azul,
E no céu, falando com as estrelas,
Num cochicho intenso
A saudade é mapa de lugares de memória
Memória de infância,
Do corpo forjado nas relações
De encontros no conto da cidade
De narrativas marcadas de desencontros
A saudade é como colher para a boca
Cuja missão é matar a fome
De ausência e lembrança
A saudade é uma fortaleza
Que faz-nos presidiários do tempo
Meu deus que saudades da saudade
Das lembranças e das andanças
No adro do tempo com alianças
Que celebra enquanto há tempo
Por que o tempo não pára
O tempo é a saudade
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