Eu bem podia pegar na alma
Exorciza-la com palavras doces
Silencia-la com o jazz do Bird
E chorar no seu ombro
Com suplicas de Valentine
Eu bem podia dançar com a alma
Namora-la com lenga-lengas
De cuxixos sem sufixos
No prefixo da negação
Não, não posso dançar contigo
Nem quero viajar na imensidão
Das arestas obtusas de um tempo perdido
Na curva de um tempo descompassado
No cordão do violino de Malaquias
Que nem a sua alma solta que já foi
Vinga a memória.
Vingará a história
Que a alma vai deixando escrever
No movimento do corpo
E no simples suspiro de uma imaginação
No gotejar de purga
De pena que do silencio aclama
Seu criado d'alma
Escreva, Porra!
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