Tudo parece um quadro figurativo de impressão comunista
Arranjos de carros amontoados, que cruzam para o vazio,
à boca do mercado. Tudo no silêncio do dia, na imensidão do apetite...
Dois predios colossais estampados e ensaiados por pássaros vadios
Cagaras que a fome do rio obriga a inventar uma investida nas redondezas
Janelas escancaradas, serpenteadas em tons plásticos, às árvores de abril
Tesas para o céu que bradam com as suas ramificações secas para o firmamento
O sol raia em pique, no silencio do dia, o suculento desejo de purga natura
Suga a seiva em protesto de fotossíntese que as folhas qual pétalas desgramadas
Os ramos ramificados de tesos morrem a mingua
Que na terra que nem o reino abandonado
Corpos curvos que cruzam
Nas veredas da civilização
De purgatório em Santa Sé
Que resgate a fé com sacrifício de Francisco de Assis
Muda-se o mote no discurso palaciano
A luta ou convivência com a pobreza
À conquista do Milénio
Eu no meu devaneio, alimento a fé
Quais rituais discursivo que a fome aperta
Que viaja em strepetease nas nossas telas
Que esquiva nos nossos olhares
Que de descarados, até contamina
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