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segunda-feira, 18 de março de 2013

Árvore no muro


Vi nos teus olhos, o mundo
O silêncio gritante da cidade perdida
Entre aspas enormes de palavras doutros
Com menções de revolta de novos tempos
O sofrimento de pergaminho com acidez
Que caminha entre-lugares na nossa mente

Este tempo de abundância, já não traz a gloria
Mesma palavra digo à Vitoria
Enquanto suga a escória
De um tempo sem vanglória

Ah tempo profundo
Que penetra em ziguezague
Os desejos adiados,
Odiados em descompustura
Em flash descobertos
Que cega as almas
Em cada cobertura vis
De um ponto negro

A vitória não é gloria
A escória não é vangloria
E a cidade adormece em cada desencanto
A cidade perdida com esta crise desmedida
Silêncio! O grito vem aí!
Lá no fundo! Lá no fundo


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