Na sessão da Tertúlia Crioula passada, a Embaixadora mostrou uma face que não gosto; "paternalismo" ou "maternalismo", como quiserem, para tentar ofuscar o brilho dos jovens cabo-verdianos. Claro que nem todos se manifestam epidermicamente o brilho de um pirilampo, salvo interpretações erróneas.
Na conversa, a Embaixadora mostrou que o governo não tem culpa e que a culpa é dos pais e das câmaras municipais. Enfim! É mesma coisa dizer para os jovens que passam fome, que fazem "troca" (prostituição), que praticam "bolsas mágicas" (roubo nas lojas), se desenrasquem porque o Governo não tem nada a ver.
Fico triste, e isto subverte a missão dos serviço da diplomacia. Ser diplomata é ter traquejo pedagógico, agregadora de consenso e de abertura para uma sã vivência comunitária. Ela mostrou-se arrogante, comissária política, e mostrou que não estava ali para dialogar mas sim impor. «Triste go» para os cabo-verdianos.
Ela faz fé na harmonização do sistema e nunca assumiu os desvios do sistema. As falhas do sistema não existe... Tudo funciona tranquilamente. Nós sabemos que não. O sistema tem muitas falhas, custa assumir?
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