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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

O tombo de um “deus” maior



O meu sonho era ser arquitecto. Sempre achei que projectar, inventar e reinventar coisas da vida real e do nosso imaginário seria a coisa mais fantástica do ser humano. Também os animais, os insectos também projectam, constroem e reinventam. O castor é o exemplo inacabado de um grande projectista e engenheiro da vida. Tenho por mim englobar as formigas, as abelhas, abelhão, e vários outros seres que povoam o nosso ambiente. É mais um milagre da natureza ver a lógica da criação. É coisa para dizer que não estamos sós no mundo. O que Oscar Niemeyer fez foi agregar todas essas valências e invocou o feiticeiro do tempo para lhe dar todo o poder criativo da natureza. Com os poderes instintivos ele acrescentou o factor cultural para transformar a paisagem natural, paisagem urbana, a etnopaisagem de vários mundos.
Eu me curvo perante figura como este. Sempre me curvo. Um “deus” maior é sempre um “deus” maior. Eu vi no seu tombo, os bichos, de amazonas fugirem para a floresta para conspirarem sobre um novo corpo criativo.
Ps. É ver: nos primórdios do Estado Cabo-verdiano ele projectou algo para Várzea. Infelizmente os rapazes eram covardes e não quiseram arriscar. 

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