Num simples balanceamento de momentos suaves na voz, e vozes do tempo atual e de outros tempos, a espiritualidade do Afrobeat bate com força nos meus ouvidos. Os gritos de bateria acompanhados de súplicas na voz de Tony Allen, e a presença de vários entusiastas constituem garantias de qualidade do género. É a voz d’ Africa profunda, densidades de bytes e decibéis fermentam a alma de varias experiências; os africanos, europeus, americanos e outros, sujeitam-se a parada musical sem sinais de stop. Quando Fela estava vivo, o som era de uma eternidade… nunca mais parava, e no corpo do Fela sobressaia os demónios da savana que ninguém percebia.
Agora Tony Allen transborda com high-tech com pegadas de grooves que nos faz refletir a nossa presença na tela multicultural. A cidade clama afrobeat nos muros que soltam sinais de alarve, de sombrio, de festa e celebração. Os sons soam dos guetos para as vias palacianas de um burguês citadino. Gritos e sinais de alerta… Sentido Hey YOOh mané…! LOL hehehehe
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