Quero serenata só por um momento
No Porto Grande do Mindelo
Para celebrar a noite que eu fui
De olhos largos e de boca cheia
Nas ondas cartesianas do envolvente
Que vai ao Monte Cara despida de pitada
d’agua
De estivas embriagados de sonhos alcoólicos
De peixeiras sedentas por uns tostões de
pedra bica
A morna que foge e realça a tristeza...
De gato morto na gemada
De sonhos trocados de imaginações
De uma regionalização que não vai dar em
nada
Que do nada segue no mar da baia
De festa rija com a boca na botija
Que corpo jeitoso São Vicente
Não sei se és travestis…
A boca do mundo diz que sim
Por isso que no luar di bo peito
Deixa-me sonhar também
Para poder viver no sonho da gemada
Que mais parece algema de preguiça e
trafulhice




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