Hoje, 5 de Julho, é um dia especial e especialíssimo. É a data de reflexão sobre a nossa trajectória colectiva, da nossa memória, desejos, e desafios… Para além do gozo de satisfação, por parte de alguns felizardos, é também o momento de frustração de algumas pessoas. Muitos questionaram o projeto pós-colonial da Independência: a capacidade e a viabilidade de um país - pedra sobre pedra, fustigado pelo vento leste e muitas situações de penúria. Mesmo no tempo “hodierna” nota-se algumas movimentações saudosistas de interesses bairristas; falam mesmo da autonomia de São Vicente e outras regiões do país. Preocupações legítimas por parte desses cidadãos que viram as suas ilhas e localidades esquecidas pelos sucessivos governos.
Quando vejo experiências de outras latitudes, em matéria de liberdade de expressão e de engajamento da sociedade civil no desenvolvimento dos seus países, fico um pouco triste pela inexistência de iniciativas do género. Vê-se mais fornicações verborreias do que concretizações das acções. Politizam-se tudo, fulanizam tudo, um (des) compromisso com as organizações, tudo são feitos consoante os cálculos de interesses corporativos.
Peço contenção e muito trabalho; engajamento e espíritos de comunidades, de afectos, de interpretação, de interesses, de memória, de tudo que faz falta para o desenvolvimento de Cabo Verde. Cabo Verde merece e o Mundo também merece.
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