O voz se calou para sempre
A memória coletiva se encarrega de selar
A historia das ilhas no compasso do tempo
As mornas das águas vagas,
A coladeira do pulsar urbano
A dança e a introspecção de saudade estão de luto
Choros que raiam na prega da morte
Que o Bana não soube fintar.
O azul anil morre no eclipse
Eclipsando sentimentos nas praias desérticas
Do povo das ilhas
O voz era navegante e cantante
Sons que raiam nos trilhos doutros
Traduzindo sonhos, narrativas pesadas de experiências
De tempo que já fora
Na rosa de uma flora
Selada no lenço branco que aconchega o seu rosto
Que apaga os sinais de cristais de esforços
No fogo humano na voz e no sentimento
Bana, Bana! Que abana, sopra e registra
Os caminheiros desencontrados
No canavial de Lisboa
Chora a Lena! O eclipse se apaga.
O Mindelo implora. Cabo Verde se rende.
Obrigado Bana! Silencio: cruzes de fogos fátuos se propagam
na paleta do oceano ponteando as ilhas afortunadas.
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