Amazonas fica perto. No silêncio, com os deuses da floresta, na perpétua intriga de uma conquista insana. Olhos, dentes, gestos, acumulam em momentos de apuros. Raia à floresta no mórbido desconhecido, só de pensar nas minhas ilhas desérticas, na imensidão do azul, fico mais tenso, ainda. Amazonas, no manto verde, faz-me lembrar filmes de ação, feitos de mercenários que recebe prémios por cabeças roladas. De não perceber o que está a nossa frente; matas ou morte... Mas Amazonas criou civilização brasileira, no entanto longe de postais e de narrativas quotidianas. Se Amazonas reivindicasse os recursos, oxigénio, madeiras, venenos para fins medicinais, só para dizer esses, estaria tudo no vazio de um condado que não pensou no potentado.
No entretanto entretenho-me com o meu cigarro imaginário. Fumo para o vazio que voga para o manancial de sonhos e de uma perpetua busca. Arre! Quero ir para Amazonas. Conhecer nos seus ângulos sem pretensão de um antropólogo do imperialismo. Os tais que alicerçaram imaginários com mentiras e simulações feito de moral socrático. Por falar de Sócrates, parece que ele é o mais português de todos os portugueses. Defendeu a sua narrativa e calou meio mundo. Será? Juan Carlos português imaginário até poderia dizer: porque não te callas!



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