Na
estrada de Santiago,
O
vento sopra irra
Na
madrugada num pardieiro
No
fogão de pedra
De
um caldeirão abandonado
O
tejo, caído, no silêncio do chão
A
fome apertara na estiagem de má memória
Na
conformidade da mortandade
O
tejo socorre de gemidos moucos
De
uma abanar de rabo impotente
De
um rabo que ganhara chumbo
Os
seus olhos são de cristais de fogo
Chora
no silêncio
Com
o manduco da fome por detrás
A
sua alma late no firmamento
Vermes
do tempo descem do céu
Penetram
na terra
À
espera do último suspiro
O
vento sopra com intensidade
A
sinfonia da fome chegara
E
bate nas portas das casas



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