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quarta-feira, 28 de novembro de 2012

O pecado do filho filinto e filintinho



Tudo estava calmo. O silêncio invadiu os ouvidos de muita gente. Era o silêncio imposto perante a malfadada discussão orçamental. Corpos hirtos, cansados de tanto ouvir as imaginações, os truques de uma partida na peladinha, bocejando preguiças e contando o tempo que não passara. Era com o esgrimir de argumentos e contra argumentos que os energúmenos brindaram com manifestações intestinais brotando ruídos para a casa do povo. A fome apertara. De certeza que a barriguinha reclamara mais pastos e repastos para suster as investidas dos beligerantes de guerra fria.
O sol nas alturas, salvo as más vontades da natureza, brilhara com intensidade. As nuvens passearam numa romaria que deliciara os românticos da paz. Na Achada de Santo António dias antes os thugs da urbe proclamaram tréguas com bênção dos padres e pastores. A televisão pública esteve presente para testemunhar as passagens de “passas” de marijuana entre os contendores. Alegria geral com o apaziguamento da paz de espírito nas urbes. As armas ainda não foram entregues. As promessas de entendimento exigem prolongamento e extensões do tempo, sem relaxamento.
No Parlamento, as coisas seguiram com os mesmos arranjos. Todos sentados, bocejando e “bavardando” a la francaise. O Ministro da Energia interviera para explicar o estado das coisas. A energia Eléctrica que é a riqueza e orgulho da nação, qual economia criativa sem claridade nas alturas… o senhor, timidamente açoitado pelo mundo crioulo, de cabisbaixo, solto como grão-de-bico… abrira o bico para falar do pito. No preciso instante, a luz eclipsou, deixara meio mundo nas escuras. A chacota tomara conta da sala; o ministro titubeou e chorou desculpa que aprendera numa das universidades do verão; boicote no parlamento, boicote na cidade… boicote contra a minha pessoa. E o Luciano Pavaroti renascera da cova para cantar salute tute e boa garfada de farra.  

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