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sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Ernestina




Quantas pessoas gritaram saudades, saudades, oh mãe…
Ernestina, nossa mãe chora no coração de partida
Para caminho longe, de sete léguas, de destino incerto
No seu corpo, estávamos nós vigilantes, de sonos roubados
Nem os seus seios alimentavam-nos a fome e desejos
Só no silêncio, a partida revela à memória da nossa terra
As mamães com as cafucas no tempo e rozades no peito
As reças e choros altos que as bocas libertam
Aos olhos das mamães, só se vislumbram os receios de uma perda
Morrer calcinado nas rochas, o barranco de uma lestada impiedosa
Ou viajar para o incerto de paragens doutros 

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