Quantas pessoas gritaram
saudades, saudades, oh mãe…
Ernestina, nossa mãe chora no
coração de partida
Para caminho longe, de sete léguas,
de destino incerto
No seu corpo, estávamos nós
vigilantes, de sonos roubados
Nem os seus seios alimentavam-nos
a fome e desejos
Só no silêncio, a partida
revela à memória da nossa terra
As mamães com as cafucas no
tempo e rozades no peito
As reças e choros altos que as
bocas libertam
Aos olhos das mamães, só se
vislumbram os receios de uma perda
Morrer calcinado nas rochas, o
barranco de uma lestada impiedosa
Ou viajar para o incerto de paragens
doutros
Sem comentários:
Enviar um comentário