Princezito é sem duvida um dos jovens mais
talentosos no domínio da música cabo-verdiana. A sua subjectividade granjeia
narrativas banais mas poderosas que nos evoca as emoções. Ritualização do
quotidiano, o sentido metafórico, das suas criações e a celebração da
ruralidade do interior de Santiago, constituem ingredientes que apelam à
memória num contexto acelerado de urbanização com reflexo no etho dos santiaguenses. As mudanças nos etnos
sociais e individuais não constituem perdas totais da identidade. Pois há
sempre busca no subconsciente elementos que caracteriza e edifica a identidade
enquanto processo de construção e recriação.
A brejeirice é sem dúvida ingrediente, matéria-prima
se quisermos, de celebração, de reencontro de subjectividade no seu confronto
com a alteridade. Princezito é um etnógrafo, um antropólogo que busca vozes invisíveis,
secundadas por uma modernidade impositora de ethos urbano e moderno. Ele também
é um pintor que pinta, com oralidades e musicalidades os quadros de vida, as nossa
heranças culturais que estão em risco da erosão.
Ele e o Tcheka são os meus preferidos nessas
abordagens, simples e arrebatador.
fonte: video partilhado no youtube.



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