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Klein- instalação |
É sintomático;
as coisas que têm estado acontecer ultimamente. A crise veio para ficar com a garra
ideológica do mercado, sanguinário da humanidade. Os sonhos desfeitos, projectos
adiados e um «genocídio social» legitimada por estados e organizações
supranacionais. Já se fala em democratização da pobreza. A curva de gins partiu
o arco. E os teóricos sociais andam na bailada, de uma gritaria para salvar o
estado social e o primado da vida humana.
O determinismo
tecnológico já é uma realidade. Podem dizer que a crise é provocada pelo
crédito desmensurado das famílias e os estados. Nada contra! Mas não se pode
negligenciar o excessivo peso das tecnologias na nossa vida quotidiana. Somos
tão dependentes delas que já não conseguimos viver de outra forma. Criou-nos
necessidades tal que perdemos a argucia da sobrevivência, e o sentido da
humanização. O hominídeo que há em nós desapareceu.
A
tecnologização da vida quotidiana desumanizou a nossa vida. Perdemos as raízes da
nossa cultura ancestral, transformou o nosso território conceptual e corporal
em simulacros. A nossa identidade já é o que era. O sentido do “eu” eclipsou no
nosso subconsciente, tornando-nos esquizofrénico, falando com e em muitas
faces.
Em Portugal
a crise de poucos anos destruiu milhões de classes medias. A pobreza já aloca
em mais de três milhões de cidadãos. Aquilo que levou anos de luta que a revolução
do 25 de Abriu ajudou a construir, foi destruído num ápice pelos mercados.
A desindustrialização
do país, sendo de incúria dos políticos, foi provocado por uma ideologia
pós-moderna do primado do turismo, da história viva, e das tecnologias em
desfavor de uma industrialização forte.
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