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quarta-feira, 17 de outubro de 2012

O preço do progresso

Klein- instalação


É sintomático; as coisas que têm estado acontecer ultimamente. A crise veio para ficar com a garra ideológica do mercado, sanguinário da humanidade. Os sonhos desfeitos, projectos adiados e um «genocídio social» legitimada por estados e organizações supranacionais. Já se fala em democratização da pobreza. A curva de gins partiu o arco. E os teóricos sociais andam na bailada, de uma gritaria para salvar o estado social e o primado da vida humana.
O determinismo tecnológico já é uma realidade. Podem dizer que a crise é provocada pelo crédito desmensurado das famílias e os estados. Nada contra! Mas não se pode negligenciar o excessivo peso das tecnologias na nossa vida quotidiana. Somos tão dependentes delas que já não conseguimos viver de outra forma. Criou-nos necessidades tal que perdemos a argucia da sobrevivência, e o sentido da humanização. O hominídeo que há em nós desapareceu.
A tecnologização da vida quotidiana desumanizou a nossa vida. Perdemos as raízes da nossa cultura ancestral, transformou o nosso território conceptual e corporal em simulacros. A nossa identidade já é o que era. O sentido do “eu” eclipsou no nosso subconsciente, tornando-nos esquizofrénico, falando com e em muitas faces.
Em Portugal a crise de poucos anos destruiu milhões de classes medias. A pobreza já aloca em mais de três milhões de cidadãos. Aquilo que levou anos de luta que a revolução do 25 de Abriu ajudou a construir, foi destruído num ápice pelos mercados.
A desindustrialização do país, sendo de incúria dos políticos, foi provocado por uma ideologia pós-moderna do primado do turismo, da história viva, e das tecnologias em desfavor de uma industrialização forte.  

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