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sábado, 7 de julho de 2012

Assomada; Atacama de Santiago



A minha relação com Assomada é de baixo para cima. Os meus olhos vesgos de carcunda de um olhar perfeito, fez-me pensar que a Assomada é deveras suave que nem o bolo de Lena de Vila Nova. Os meninos, moços de Pedra Barro, Rincon, Ribeirão Manel e outras zonas, sempre brincaram de príncipes, polícias e ladrões, encantadas e outras narrativas, cujo sonho era governar o feudo nas alturas que o padre Bentura desgovernara depois de uma fatídica briga.  Reza a história que o orgulho era mais forte do que a morte. Os laços de sangue, embora prenhe de circunstância duvidosa, brigaram com o orgulho comunitário de uma luta bem brigada e de uma conquista bem conseguida.
Nada contra o resquício da sociedade feudal, nem vou brigar contra a salutar reconversão tecnológica e tecnocrata forma de ser santa-catarinenses. Alguém dizia “nós de Santa Catarina nós nos entendemos”. Se a moda é a dita oratura popular “omi faca mudjer matchadu”, o espaço para a cidadania, o berço do bom costume, não deixa margem para o contraditório; só se vislumbra (hipoteticamente) sinais nebulosos que atropela os ideais democráticos e a coesão nacional.
Assomada é um feudo normal. É uma cidade normal; Tem gente simples e sabida. Como nos outros cutelos, achadas e vales de Cabo Verde. A história desse Concelho é rica no contexto nacional. As personalidades que governaram Cabo Verde falam por si.
O problema é que há gente que pensa reescrever a história, quiçá resguardar os feitos de nhanha, impondo tudo contra todos os caprichos de infância? Orgulho familiar? Conluio de amizades? Ups!
Deixem de estórias sobre a fraude! Em Cabo Verde tudo que se faz é feito de fraude. Perguntem aos rapazes que roubam a Electra, os que escondem processos, falsificam assinaturas, os que subornam tudo e todos… ups. Tanta coisa minha gente… As eleições sempre foram feitas de fraudes.
Mas o caso de Assomada, o problema é a honra. Os badiu ainda professam honra em tudo. É o resquício da sociedade feudal. Os Zs acham que tudo vale… mas lembrem-se que o vento é forte… como naquele filme romântico “tudo o vento levou” 

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