Morna-blues no palco do mundo e a valorização…

Os colegas internautas que me desculpem sobre as criticam que raiam sobre a ideia de proclamarem a Morna como património nacional e imaterial da humanidade. A ideia, aliás trazida à tela pela activista cultural e cantora, Celina Pereira, não tem nada de original e de extraordinário. Acho que este assunto deve ser debatido e beliscado pelos responsáveis políticos do nosso país que andam a dormir na modorra da incompetência. Digo incompetência no lado da incompreensão do porquê, até agora, não foi feita o inventário do nosso património imaterial e nem a classificação, a título preventivo, das manifestações mais marcantes do nosso país: a morna, funaná, batuque, etc.

A morna é especial. Quem vive na diáspora sente o peso e o simbolismo no sentido sociológico e antropológico do termo. Incorpora dimensões civilizacionais e locais de grande valor heurístico nas melodias, poesias, na recepção... No que concerne a recepção, tentem ouvir a morna sozinho a noite…

Quanto a crítica que remetem à Portugal, é puro complexo e raiar de ódio histórico. Quer queiramos quer não, temos de admitir Portugal como referência na construção científica e arquivo da nossa memória histórica. Há documentações de suma importância para escrever a nossa museologia histórica, a sociologia da resistência, a história da resistência… O nosso maior pecado é que não documentamos nada; não há sensibilidade no tratamento do património…

só para descontrair: 

Raios pá! Depois mandam os nossos jovens para aprender o artesanato e faze-lo como ganha-pão. Hehehehehehe… é só para descontrair. Neste ponto, depois vou "boucar" com um post crítico.