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segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Mandela e as derivações; o caso do aeroporto, e o humanismo como plataforma imaginada.



O assunto parece polémico.  A atribuição do nome do aeroporto da Praia a Nelson Mandela é contestada por quase todos os internautas. A questão não se trata da figura de Mandela; o problema é político; estratégico como o posicionamento de um franco-atirador. Se for uma tentativa de uma aproximação a sul, pactuo com a ideia… mas desde que não façam a figura de Nelson Mandela um rosário de propaganda.
Mandela é mais do que um lugar. É visto como património transversal de todas as etnias, credos, nacionalidades e racionalidades. Ele, sim, é um Humanista de corpo e alma. Coisa rara no nosso continente. Nelson Mandela defende a visibilidade de todos os homens; não há seres invisíveis. Ele valorizou e valoriza o contributo de todos, independentemente da origem social, posição de classe, etc. Ele mostra para o mundo de que não é preciso ser tigre para mostrar a tigritude; a mesma coisa que dizer que não é preciso ser negro para mostrar a negritude.  Entende que a construção de uma nação de arco-íris deve ser feita de várias nuances.
Agora vejo o caso de Cabo Verde. Nós temos alguma experiência de humanismo para honrar a memória de Nelson Mandela? O governo e os partidos políticos são promotores desse humanismo? A resposta é não! Entendo que não se pode ser humanista com a política de separação, da invisibilidade, de selecção das pessoas pelas cores e crenças partidárias.
Apesar desta distinção memorial, nós temos, ainda, muito caminho a percorrer. 

2 comentários:

  1. Jorge, está a ver? Ficou thug, thug, aliás, thug luv hehehe

    Quanto ao assunto em causa, diria que existe uma outra forma de se fazer as aproximações mas se querem assim, quem sou eu?

    Ai da nossa república!

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  2. Um thug pacífico... ehehehehe. Já sabes como as coisas sao. Infelizmente...
    Abraço

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