O assunto parece polémico. A atribuição do nome do aeroporto da Praia a
Nelson Mandela é contestada por quase todos os internautas. A questão não se
trata da figura de Mandela; o problema é político; estratégico como o
posicionamento de um franco-atirador. Se for uma tentativa de uma aproximação
a sul, pactuo com a ideia… mas desde que não façam a figura de Nelson Mandela
um rosário de propaganda.
Mandela é mais do que um lugar. É visto como
património transversal de todas as etnias, credos, nacionalidades e
racionalidades. Ele, sim, é um Humanista de corpo e alma. Coisa rara no nosso
continente. Nelson Mandela defende a visibilidade de todos os homens; não há
seres invisíveis. Ele valorizou e valoriza o contributo de todos,
independentemente da origem social, posição de classe, etc. Ele mostra para o
mundo de que não é preciso ser tigre para mostrar a tigritude; a mesma coisa que
dizer que não é preciso ser negro para mostrar a negritude. Entende que a construção de uma nação de arco-íris
deve ser feita de várias nuances.
Agora vejo o caso de Cabo Verde. Nós temos alguma
experiência de humanismo para honrar a memória de Nelson Mandela? O governo e
os partidos políticos são promotores desse humanismo? A resposta é não! Entendo
que não se pode ser humanista com a política de separação, da invisibilidade,
de selecção das pessoas pelas cores e crenças partidárias.
Apesar desta distinção memorial, nós temos, ainda, muito
caminho a percorrer.




Jorge, está a ver? Ficou thug, thug, aliás, thug luv hehehe
ResponderEliminarQuanto ao assunto em causa, diria que existe uma outra forma de se fazer as aproximações mas se querem assim, quem sou eu?
Ai da nossa república!
Um thug pacífico... ehehehehe. Já sabes como as coisas sao. Infelizmente...
ResponderEliminarAbraço