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segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Elogio à Tertúlia crioula



Alguém falou de uma nova vaga de concerto comunitário. Quiçá um fenómeno que rebate o desafio crioulo na sua inserção no mundo global. A Tertúlia é um fenómeno visionário e reaccionário a vários níveis: agregadora de vontade, criadora de comunidade imaginada, fomentadora de nova vaga de educação cívica, polinizadora trans-regionais, trans-geraccionais, (augura-se) transnacional e agitadora de consciências. É por todos estes atributos que a tertúlia é uma aposta ganha que vem para ficar; “tertuliando” aresta invisíveis, acrescentando valores aos debates, académico, político, cultural sufragando elementos agregadores para uma sã convivência, eis a missão da Tertúlia.
Uma coisa que a Tertúlia tem feito, quanto a mim muito útil, tem a ver com dessacralização ou melhor, a des-elitizaçao da política e do campo sociopolítico onde os políticos e as figuras públicas de Cabo Verde são confrontados com questionamentos sem pavor, destruindo as fronteiras psicológicas, ideológicas, simbólicas e sociopolíticas.

No Porto: com a polinização germinou a Tertúlia portuense
O tempo raivoso da chuva de outono curvou-se perante a primeira experiência “tertúliana” no Porto. A chuva nem uma pinga. O sol fez convite para uma nova largada no marginal. O Rio Douro navegava na corda de violão do Nelson. Não era o fado da Amália que o fazia aconchegar de mansinho sussurrando nos peitos dos barcos que navegavam. Era o Nelson a contar narrativa de um lugar, traduzindo sentimentos e esperanças. A sala estava cheia. Os tertulianos de Lisboa trouxeram, testemunhos, sonhos, efectividades e crenças na Tertúlia do Porto.
“Olhares cruzados sobre a situação dos cabo-verdianos no porto…” foi o mote para inúmeros cruzamentos de olhares, saberes, preocupações e de representações. Um debate riquíssimo, envolvido por quase todos os presentes. Criou-se comunidade de afectos, de entrosamento para o desafio maior: a felicidade colectiva, o saber traduzir a nossa forma de ser, a nossa cultura, respeitando os outros; também absorvendo novos in puts para o enriquecimento pessoal e social. Sem duvida que a integração, o relacionamento com as comunidades foram debatidas sem perder o fio da meada, com discursos encorajadores, o que mostra que estamos bem servidos de futuros responsáveis do País.

Elogio ao Suzano Costa
Pessoalmente estava ansioso de o conhecer. Privei com ele uns dias na FLUP (Faculdade de Letras da Universidade do Porto), trocamos uns dedos de conversa; pareceu-me estar perante uma pessoa invulgar. Se deus zangou-se com o Tântalo, acho que com o Suzano, Deus está super orgulhoso. Tântalo foi julgado por não partilhar o seu dom com os outros; Suzano Costa tem feito o suficiente para garantir a perenidade do olhar e da Sofia. 


Ps. Tântalo; existe várias versões sobre esta mitologia. 

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