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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

As asas do silêncio nas brumas da secura


Hoje acordei malandro para não sorrir. Milhões de piadas, de trocadilhos, de bobos da corte, nada me demove desse ar petrificado. Tentei fugir para o regaço do tempo, escondi a face para não ver o bioco do Neves. A lua conspira contra mim, com o seu jeito matreira e fugaz. O sol aquece o apetite da gargalhada, fermenta com as suas radiações. O meu corpo queima e  carboniza. O vento sopra para o horizonte, com ele, vogam os restos da gargalhada que não fui.
Tudo isto para dizer que a vida dá voltas. Tantas voltas, que nos deixa apático e sem sinais de reacções. Quando vi o Manuel Inocêncio a falar na RTP, depois das eleições, fiquei estupefacto pela forma como ele, vergonhosamente, fazia a declaração da sua passagem para segunda volta. O tipo sofria de calafrios e de palpitações de consciência. Não me revejo na sua figura. Ele não me convence sobre a sua motivação. Infelizmente, ele vai ganhar porque tem uma máquina poderosa e venenosa que o apoia. Uma máquina, de salafrários, que não vê os meios para atingir o fim. Uma aberração de máquina com características animalescas, dos mais rude que há.
Este PAICV não é o Partido que aprendi a gostar. Um partido que brinca com a pobreza do povo perde toda a minha consideração.  

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