Cujas nervuras fazem de
estradas e trilhos
Ligando vilas e
comunidades,
Nos cutelos, vales, com
corpos de formigas ondulados
Que se somam em cada
passo de um caminhar frenético,
Os gafanhotos voam,
fazem de aviões e haices
Os grilos fazem zius
dos badiu,
No silencio da noite,
Também mora cigarra na
núpcia
Os pirilampos que fazem
de Electra
Centopeias que fazem de
polícias
De moscas que fazem de
ladrões
De borboletas berrantes
que fazem de moças
Na boca de cachoeira
lavando roupas
Nas barragens que são
escolas, residências,
Instituição total que
ensina modos e viveres
Santiago metafórico
De canto e recanto
Santiago sabe a camoca
Também sabe a grogue
Que fermenta língua dos
políticos
Palmas dos populares no
rodizio de campanha
Engorda as bundas dos
caciques
E de clientelas
partidárias
Santiago metafórico
É girabola urbana
No confronto teatral no
parlamento
O tal voyeur com a mão
no revolver
Tudo e todos se
desconfiam
Arremessos da armada na
preservação de status
Sem comentários:
Enviar um comentário