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quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Cutelo ao sol

Agora que já choveu tudo faz sentido sonhar. No arranjo do tempo, alegria benfazeja os ares dos camponeses, a terra amarra o verde de forma tranquila. As gramas começam a povoar os cutelos, uma invasão sobre o castanho do chão ferroso. As rochas brilham de farturas que a água benta do céu faz menção de sublinhar. Que visita saborosa, a chuva! Que cantares nos ares! Os bichos nascem e remanescem em cada toque do tempo. As orquestras dos bichos fazem-me lembrar as lengalengas do quotidiano; enxadas enferrujadas, balaios e bidons vazios, e o paleio do meu vizinho Crispin, fazendo fé no oráculo de Nho Nacho. A chuva voltou, fazendo fé, sempre na torna-viagem. Por que a chuva já mora na minha aldeia. Depois das barragens, a chuva tem visitado sempre; tem feito alegorias de prazeres, nos cantos e recantos das ilhas. A crença do Crispin inquieta, não se vislumbra no oráculo de Nho Nacho.

A ciência humana e o pragmatismo ajudam à revivificar os sonhos. Fintar o destino, exige estratégia humana. As barragens tornaram os leitos secos em oásis de sonhos. As gramas e folhagens dão corpo ao desejo. Ao espaço desejado, amado e sonhado. O verde que a topografia histórica logrou chamar de um "cabo verde". Cabo Verde ao sol vestido de verde, faz jus ao nome. O tempo virou para nós. Vaticínio de uma hipotética mudança climática, favorecendo Cabo Verde? Que bondoso, o tempo é! Tomara que a bonança perdure. Por que não há alma que não cura.

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