Que cheiro a maresia,
De café com leite,
Cachupa refogada
Com fruto do mar…
Nôs pescador de partidas meias
Lança-se no peito azul
De cafuca em punho e esperança
de um regresso
De corpo seco e musculado, o
pescador,
Remo da comunidade,
Esperança de mata-bicho,
E narrador de estórias de
encantadas da nossa infância…
No meio azul, o pescador escuta
e perscruta
Fazendo trabalho de arqueólogo
de corpos vivos,
De cirurgião plástico do nosso
prazer
Curador do tempo com cordéis
De estrelas cintilantes de nós…
Na nossa morada ficamos à
espera,
Novidades do mar:
O silêncio da partida
E a festa do regresso



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