No imenso e intenso azul
Vejo os sinais fuscos do tempo
Barcos à deriva, pescando
sonhos
Sons mudos, moendo os desejos
Na aguarela azul, também somam
Vozes, os cantos mansos,
acompanhados de acenos
Vejo também pescadores à mira
Vejo também rédeas no imenso
azul,
Pescando violão, o corpo de
violão vem à tona
Vejo também a boca da Cesária
cantarolando
Mar azul em voz mouco,
simplesmente no vazio
Acordo afónico, silenciado,
dialogando com o quadro
No museu imaginário da minha
morada
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