Funaná no peito
Gaita no tecto
Ferrinho no gueto
Som disforme, tocado no vazio
As movimentações no ar, com a clave quebrada
Guizos e choros de crianças que travejam
Lamentos e sopros sem alma
Cabeças roladas no pedestal do inferno
Com diabo de cornetona simbólica
Que nem soneto quanto mais solfejos
Nos anima na rima de pobre
Furta o tempo e conserva o tempo
No caminho de Santiago
Que a dona sem codé
E nana descasada com funa
Funaná perdeu o sentido
Funaná no peito
Gaita no tecto
Ferrinho no gueto




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