Não sei se é natal, sem nata
Ou o contrario … nata sem natal…
Talvez é carnaval d’alma de um espírito consumista…
O que sei é que natal já era…
Antecipou a primavera
Que nem a ferra
Do príncipe Zebedeu.
É por isso que escrevo para o Simmel
Porra Simmel! Como tinha razão…
Esqueceste de nos dizer que a moratória
Da tormenta que está por vir,
Dos nervos em laços
Desfeitos em pedaços
Na malha urbana tecida
Pelo consumismo frenético
Que ultrapassa a miséria…
No natal, a miséria foge
É encoberta com o selo da solidariedade
De sorrisos hipócritas, de prendas
Com remendos da racionalidade…
Porra Simmel! Desculpa…
Há, já sei…
Vou escrever um poema
Pode ser?
É que a escrita é o exercício de cura
É a curadoria d’alma
De narrativas, várias
De geografias desencontradas
Porra Simmel, vou bazar…
A cidade não tem vivalma
Já não há mendigos…
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