É o tal siridja txusi txusi que o nosso funana tanto reclama. Género musculado apreciado por muitos, inclusive pelas polícias. Quando chegou os Bulimundos, tal era a sabura das polícias da terra; munidos de paus para manter na ordem social os menos comportados. Paus, bara paus, até chocava os padres: «jesus! Meu filho estas bem? Veja o que te fizeram?». O partido único de carácter socializante punha na ordem os desordeiros.
Agora com a democra… também cantada pelos Bulimundos, as coisas ainda não mudaram. Ventos da mudança, abertura política, mercado livre, globalização globalizada e globalizadora transformaram a nossa sociedade. As estruturas, social e mentais, se tornaram mais complexas; por isso, apela-se às exigências nos processos e no mecanismo de controlo social. «Dá cu pó só pa dá não, obrigadu». Não quero ser moralista e nem exijo o fim da paulada. Paulada é necessária, faz parte do instinto humano levar porrada, coacção física para se endireitarem no xadrez social.
Se a instituição policial era a mais respeitada, segundo os dados do afro-barómetros, com essas atitudes, jamais terão o respeito por parte dos cidadãos. Quem não se lembra no nosso imaginário as músicas de zeca mendi e tantos outros que criticavam a profissão policial? Acredito que é preciso mudar. É preciso ser polícia de corpo e alma, não uma polícia como opção de emprego. É preciso criar espaços de triagem, de aconselhamento e de formação contínua para as nossas polícias.
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